quinta-feira, 5 de junho de 2014

Chegou a hora de contar...

Continuação...

Assim que o médico contou no consultório que eu estava grávida, entrei em pânico e chorei muito. Não esperava uma notícia desse tipo, acho que eu esperava algo ruim, não sei. Assim que "normalizei" liguei para o meu namorado e contei a noticia ali mesmo, voz trêmula e ele não conseguia acreditar naquilo também, não era a hora para ele também, ele saiu do serviço e foi ao meu encontro para conversarmos e contar para nossos familiares.
No fundo, estava feliz, achava que não iria poder ter filhos tão cedo, ou sequer ter filho algum dia, e para ele também.
 Precisava de um apoio para contar para meus pais, temia a reação do meu pai. Passamos na casa da minha irmã e a raptamos, contei para minha irmã na pressa e ela também não acreditava, mas ficou MUITO feliz e me parabenizou, mesmo sabendo que ainda não estava pronta para receber parabéns. 
Chegamos na minha casa, eu com uma cara inchada; meu namorado com a aparência de velório; minha irmã feliz e meu sobrinho parecendo meu sobrinho, rs. 
Meu pai abriu o portão e ficou lá brincando com o Kaique e o fato de estar todo mundo em casa em plena terça feira o deixou feliz. Minha mãe, como toda boa mãe, já sabia do que se tratava. Não demoramos muito, e ela logo falou " A Jéssica está grávida". Meu pai parou com uma colher de sopa no ar, me olhou de canto e perguntou se eu realmente havia feito tamanha irresponsabilidade, apenas concordei. Meu namorado ficou quieto e disse que apenas aconteceu, o que foi verdade...
Ai meu pai saiu de casa, não falou mais comigo e disse que ia embora para o interior e eu me virava para cuidar da minha mãe, que é cadeirante. Meu irmão teve que ir atrás do meu pai para tentar conversar com ele. Minha mãe ficou alegre com a notícia, mais um netinho para ela, quanta alegria né? Crianças sempre são bem vindas. 

Eu e o Guilherme fomos buscar a mãe dele no serviço, que estava passando mal. Achei que iriamos sentar em alguma padaria ou até mesmo vir aqui em casa para contar direito, mas ela estava tao ruim que mal conseguia ficar sentada no banco traseiro do carro e tivemos que contar ali mesmo, a reação dela foi de choro, fiquei com medo, será que ela nao tinha gostado? Mas não, ela disse que foi um choro de alegria, pois seria o primeiro neto dela.

Pronto, o pior já havia passado e ninguém mais poderia dar algum palpite ou bronca em nós, apenas nossos pais.

Fiquei sem falar com meu pai por uns 4 dias, mas a minha mãe fez uma ameaça e ele voltou a falar comigo logo e disse que queria uma neta dessa vez, fiquei bem feliz. Também quero uma menina.
Minha mãe parece não acreditar muito ainda, eu também demorei para acreditar que tinha um grão de bico brotando em mim, rs. Acreditei mesmo quando ouvi o coração batendo...

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